segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Chuva forte em Mimoso provoca pânico em professores da Associação Pestalozzi

   
Quarenta minutos de chuva pesada causam estragos em pontos da cidade e em especial a Associação Pestalozzi
 
Por volta das 13h00min da tarde desta segunda-feira (12), uma forte chuva de aproximadamente 40 minutos foi suficiente para provocar alguns transtornos na cidade como acúmulo de barro, galhos, folhas e outros, o trabalho de drenagem de algumas ruas para o asfaltamento sofreu paralisação momentânea, pois todos os buracos foram inundados e foi necessária a espera para escoamento da água para dar continuidade ao serviço.
O mais dramático ocorreu nas dependências da Associação Pestalozzi nossa cidade, que foi duramente castigada por uma forte enxurrada que invadiu a referida instituição, como pode ser visto nas fotos a situação foi mesmo de pânico, pois um grande muro foi arrancado e por ali seguiu tijolos, pedras, paus e muita lama que invadiu parte da binquedotéca, ala do pátio e jardim e o interior da escola causando muita sujeira e estragos! Dois enormes blocos de pilastras acompanharam a fúria da água e foi parar no meio do jardim!
“Foi com muita preocupação e nervosismo que todos nós professores vimos tamanha força daquela chuva.”       Pepenha - (Maria da Penha Oliveira Bindaco)
“Graças a Deus não tinha ninguém por perto naquela hora!”  Zezinha - (Maria José da Silva Rangel)
“Realmente foi um momento de muito pânico!” (Lilian Batista Mofati).
 
 
TEXTO E FOTOS: Renato Pires Mofati





 

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Polícia Civil realiza operação para avaliar supostas irregularidades no IPREV Mimoso



A investigação do IPREV Mimoso começou após um cheque do próprio Instituto da Previdencia no valor de R$ 800,00 para pagar um Salão de Beleza em Vitória. A partir daí as investigações não pararam e diversas suspeitas de irregularidades foram se intensificando cada vez mais.
Nesta manhã de segunda-feira (09), policiais civis fizeram uma operação através do cumprimento de busca e apreensão onde recolheram documentos e computadores na sede O Instituto e também na residencia de Lucia Gomes, presidente afastada no mês passado.
De acordo com o delegado da Polícia Civil de Mimoso, Dr. Rômulo de Carvalho Netto, ainda não pode ser revelado para a imprensa o valor total do dinheiro desviado da Instituição, pois a investigação corre em segredo de Justiça.
Segundo o atual vereador Elcio Abreu, esposo da presidente do IPREV, o que aconteceu foi perseguição política e tem sido realizado uma verdadeira tempestade em copo d'agua sobre este assunto que ele espera que seja esclarecido o quanto antes.

REUNIÃO COM FUNCIONÁRIOS PÚBLICO MUNICIPAIS 

Na manhã desta terça-feira (06), um grupo de funcionários públicos municipais aposentados esteve em reunião na Sede do SINDPUBLICO, juntamente com o presidente do mesmo, o senhor Derly Gualandi, e com a presença do presidente Interino do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos Municipais, senhor Angelo Cergio Rodrigues Reis, que prestou alguns esclarecimentos sobre os motivos pelos quais até a presente data ainda não havia sido creditado o pagamento dos funcionários inativos.

Por não terem recebido seus salários vários aposentados da prefeitura municipal pediram ao presidente do Sindicato para que convidasse o atual presidente do IPREV e desta forma fosse dado aos mesmos um esclarecimento sobre a atual situação.

De acordo com Angelo Cergio, no curto período em que o mesmo assumiu o órgão, em substituição à presidente que fora exonerada por determinação do Tribunal de Justiça do ES, a situação está caótica. Informou inclusive que já no dia seguinte, quarta-feira (06/11) deverá ter início um Auditoria que será realizada no Instituto de Previdência, pelo Ministério Público Estadual.

Relatou também que a Folha de Pagamento dos aposentados hoje está em torno de R$ 250.000,00 mensais, e não tendo ainda o repasse da prefeitura até a presente data ficou impossível efetuar o pagamento. Existem em torno de R$ 570.000,00 aplicados, porém esse valor não pode ser destinado a outras finalidades, sendo exclusivamente destinado a aplicações em favor do órgão, obedecendo a Legislação. E a dívida atual que já é de seu conhecimento está em torno de R$ 13.262.000,00, valor este que também deveria estar aplicado, referentes ao parcelamento feito e não cumprido pela Prefeitura Municipal dos valores devidos ao IPREV até novembro de 2011, levantados por Auditores do Ministério da Previdência.

Não há outro saldo, o que desconta dos efetivos paga a Folha dos Aposentados – enfatizou o presidente do Instituto. Que também falou de sua enorme preocupação com a séria situação em que o órgão que cuida da aposentadoria do funcionários públicos se encontra, lembrando ainda que no próximo mês o Ministério Público de Mimoso do Sul realizará uma Audiência Pública.

Angelo Cergio disse também ter ficado muito satisfeito em ser convidado a prestar alguns esclarecimentos ao grupo de aposentados presentes, ao falar de sua enorme preocupação por ser também funcionário público há 23 anos trabalhando como auxiliar de contabilidade. “Eu tenho me respaldado, cobrando oficialmente o repasse mensal... Também sou funcionário e quero ficar tranqüilo em relação a minha aposentadoria daqui alguns anos, assim como vocês” – lembrou o presidente em agradecimento à confiança que todos os presentes demonstraram a ele na reunião. E fez questão de afirmar que precisa estar junto dos funcionários esclarecendo tudo sobre o que ocorrer no IPREV. Inclusive foi dito pelo próprio que tomou providência, orientado pelo representante do MP local, de trocar a fechadura da porta de acesso ao Instituto de Previdência assim que assumiu. E também esclareceu que em caráter emergencial os cheques emitidos estão sendo assinados por ele e pelo tesoureiro da prefeitura até que seja definido oficialmente quem ocupará tal função, embora algumas despesas fixas, como aluguel, por exemplo, ainda não foram pagas. “Estamos procurando também fazer corte de gastos, tentando economizar ao máximo, pagando algumas coisas... como água, do nosso próprio bolso” – disse Angelo.

A prefeitura tem atualmente em seu Quadro de Efetivos em torno de 600 funcionários. E segundo Angelo Cergio, os demais funcionários contratados e comissionados, nesta última gestão, teria chegado a um total em torno de 860 funcionários; o que espantou a todos os presentes.

Outros números interessantes: os gastos administrativos do IPREV, referente aos 2% mensais previsto em lei, girariam em torno de R$ 279.000,00 / ano; folha de efetivos mais inativos e pensionistas. Pouco mais de R$ 23.000,00 ao mês, de acordo com o orçamento de 2011.

Numa conversa bastante clara e amigável com os aposentados presentes à reunião, Angelo falou do seu empenho diante do cargo que então vem exercendo e da sua satisfação com a boa aceitação e confiança do funcionalismo em seu trabalho. E comentando sua vida muito voltada para a religiosidade, disse: “A gente vai à Missa e saindo de lá tem que ir pra Missão... nós temos que saber das nossas responsabilidades, e ter respeito pela coisa pública, pelo próximo. Eu quero poder trabalhar com a confiança de vocês em mim...”. E também em apoio ao presidente hoje respondendo pelo Instituto, senhor Aureo, um dos aposentados disse: “Antes de ter formação e graduação pra trabalhar com o iprev tem que ter caráter”, como forma de dizer o quanto os funcionários depositam confiança nele.

Os aposentados esperam que a situação seja resolvida o mais rápido possível na prefeitura pra que recebam seus salários. Muitos desses funcionários, mesmo não presentes a reunião, estão extremamente preocupados porque dependem única e principalmente do seu pagamento para compra de remédios e outras necessidades básicas.
TEXTO E FOTOS: Antonio Carlos de Souza / Renata Mofatti


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Sopa de Letrinhas




Quando eu era pequena
Do tamanho de um botão
A minha mãe sempre dizia
Coma arroz e feijão

E eu fui para o Jardim
Ainda pequenininha
E lá eu conheci
A famosa Sopa de Letrinhas

No prato de alumínio
Do Jardim de Infância
As letras se juntavam
No meu mundo de criança

“Faz crescer, vai ficar forte, uma ótima comida”
Eu cresci, fiquei forte e aguento mesmo os esbarros da vida

Uniforme branco das merendeiras
A gangorra e brincadeiras
O Jardim é o mesmo a encantar
E o sino continua a tocar

Tanta coisa passou, tanta coisa aconteceu
E a criança que existe em mim não morreu

Sopa de Letrinhas tinha cheiro de carinho
De professora atenciosa (oh tia Rosa!)
De caderninho

Sopa de letrinhas
Tirou os números de minha vida
Trouxe a prosa e a poesia

Sopa de letrinhas
Não me lembram as teclas de um computador
E sim os lápis e o apontador

Faber Castell, Papai Noel
Festa da escola, Dia das Mães
E a Sopa de Letrinhas sempre presente
No Jardim de Infância Corina Bicalho Guimarães

terça-feira, 6 de novembro de 2012

A Lei da Recompensa



Estudiosos hão de afirmar: a Lei da Recompensa é a única que, efetivamente, funciona nesse país burocrático. Ela não depende de papéis, dinheiro, contas bancárias, processos civis ou dolosos. É uma Lei puramente infantil (não da Vara da Infância e Adolescência), mas criada, adotada e vigorada por pessoas um tanto quanto mimadas e pirracentas. 

Acredito que ela (a lei) comece a vigorar desde a infância, quando, aos cinco ou seis anos, o moleque só empresta a bola de futebol se puder entrar no jogo. Ou a menina só entrega a boneca se puder brincar de casinha com as amigas. 

Com o passar do tempo, a Lei vai se intensificando: - “Me dá um beijo que te trato bem! Esteja sempre ao meu dispor que puxarei seu saco! Não se apaixone por ninguém, senão jamais serei o mesmo!”. 

Pela vida afora, involuntariamente, vamos conhecendo gente assim... Uns se vestem na pele de cordeiro e no início são flores ao “preparar o terreno” e tentar conquistar o outro com presentes e sorrisos. 

Depois, quando percebem que o seu “objeto de desejo” não está com a mínima disposição de cair na rede, essas pessoas vão se trancando no silencio, no desprezo ou na chantagem com o intuito de “se aparecer” em caras truncadas. E indagam: -“O que aconteceu que meu brinquedinho que eu tanto queria não funciona mais?” 

Já me senti personagem dessa patética peça de teatro, já fui o objeto desejado... Hoje fico só na plateia e sempre que alguém senta ao meu lado e me oferece algo a mais do que posso e quero retribuir, logo agradeço e respondo com firmeza: - “Não quero! Não posso! Não vou e... não dou!”.

A lei da recompensa do amor é tão somente a liberdade e eu não sou objeto de troca.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Zona do Coração



É muito difícil passearmos dentro de nós mesmos. Há caminhos desconhecidos e portas trancadas. O que sabemos de nós?

Às vezes é assim que se dá comigo: quando não há o que fazer, quando tudo me parece igual e não sei aonde ir, quando os caminhos parecem estar fechados, olho para dentro de mim mesma, para lugares que ainda não conheço. Sinto vontade de passear por ali.

Há em mim lugares desconhecidos, por onde caminharia horas a fio, sem nunca por os pés onde já houvesse pisado. Em alguns marcharia forte, para sacudir a poeira e espantar a mesmice; em outros, apenas levitaria, para não despertar o que deve permanecer adormecido.

Há caminhos nos quais a grama já não cresce mais, outros por onde ninguém nunca andou, e outros meio esquecidos, com o mato crescendo e invadido as veredas. Pois é nessas veredas que ronda o perigo. Tenho medo de caminhar entre teias de aranha, lugar lúgubre onde fantasmas rondam, arrastando correntes.

Depois de horas de passos incertos, chego aonde não queria: à porta do coração. Bato, receosa do que vou encontrar. Nada, está vazio. Há tempos está assim. Dou uma arrumadinha, tiro a poeira e o deixo prontinho para receber alguma visita. Quem sabe um novo amor? Reescrevo, nas paredes tingidas de vermelho, uma velha frase, na esperança de que alguém um dia a leia e se comova.

Mas não gosto de permanecer muito tempo olhando meu coração. Dá pena!

O que se passa com esse pobrezinho? Às vezes é esperto; às vezes, bobão. Quando acha que sabe das coisas, é quando mais sofre.  E daí fica andando de um lado pro outro, batendo descompassado, trepidando, brincando de esconde-esconde no meu peito. Ora se aninha num canto, ora salta pela boca, ora quer pular.

Saio, para voltar sabe Deus quando! Mas não tranco a porta; deixo-a entreaberta. E onde guardo a certeza do amor, a sete chaves, na soleira eu estendo um tapete vermelho.

Desisto, então, de caminhar com os pés. Passeio melhor com as mãos, ao sentar ao meu notebook e deixar que os dedos deslizem pelo teclado e rabisquem letras para penetrar em algum sentimento.

Na zona do meu coração, na porta, bordei no tapete vermelho: Bem-vindo! A casa é sua!

domingo, 4 de novembro de 2012

Brincando com Peter Pan


Quando crescemos, perdemos a vitalidade de Peter Pan, o entusiasmo de Wendy e o feitiço da Fada Sininho. Inexplicavelmente, viramos personagens de um mundo que nos modelou de acordo com o sistema da sociedade... Mundo de "gente grande e sociável", de capitalistas apressados (galinhas desesperadas correndo atrás do milho), de desculpas esfarrapadas e sorrisos ensaiados... Um mundo de não poder andar sem camisa ou descalço pelas ruas. 

Decidi também ser criança. Não quero fazer parte do povo que já cresceu porque se o dito céu for repleto dessa gente chata que se diz santa, é preferível ir para o inferno, pois lá encontraremos gente como a gente.

São nos detalhes que deixo de me integrar ao movimento "Vamos Crescer", por exemplo, nunca olho de cima para uma criança; não reprimo risada escandalosa. Sou criança quando choro e piso forte; quando ouço as mesmas histórias; quando passo horas observando o árduo trabalho das formigas...

Por que não ser assim? Por que não se admirar com um cachorro balançando o rabo de felicidade, apesar de nossa fria distância?

Se for para ignorar o entusiasmo ingênuo dos animais e encarar a vida sem as lentes do amor... Se for assim, é melhor nem viver, porque “morto” é aquele que pensa diferente.

A felicidade não pode adormecer e a vitalidade jamais se extinguirá no cinza das horas. Pintarei a tela da vida com as cores do arco-íris, para que no dia em que a tristeza me visitar, eu tenha o ânimo de sair em busca do tesouro perdido.