Tô vendendo o meu voto
Quem quer comprar?
Tô fora desse papo escroto
De que o Brasil vai melhorar
Onde tá a fatia do bolo
Que eu quero experimentar?
Não sou mais aquele tolo
Que vivia a acreditar
O papo eleitoreiro
É que nem pescaria
O político “fisga” o “companheiro”
E dá umas minhocas como garantia
Já ganhei gasolina
Notas de cinqüenta e de cem
Já plotei carro e o enchi de menina
E nesses dias eu não sou um “Zé Ninguém”
Eleição tem mesmo dessas glórias
Políticos chorando contam suas histórias
Mas o povo, ta é mesmo calejado
E fala mentalmente: tudo um bando de safado!
E na hora “H” nem sei em quem votar
É tanto número para memorizar
Vou pra minha urna bem devargazinho
Quem sabe um político molhe a minha mão mais um pouquinho!?
Ah! Sim, senhor! Quem te disse que sou honesto?
Assim como a maioria dos políticos
EU TAMBÉM NÃO PRESTO
Eu levo santinho, levo colinha na mão
Viro delegado de partido
Brigo na rua, caio no chão
Que feio! O coitado apanhou do outro lado
Eu tava no meio
Dei de cara com a polícia e fui algemado
Fui solto na mesma hora
Dei um jeito de escapar
A verdade é que até agora
Não consegui votar
Pra presidente do Brasil, o trem da complicado
Tem uma moça do partido verde que não dá resultado
Tem um cara do nome esquisito e que rima com mel
Um tal de Ey Ey Ey Ey Ey Ey Ey Mael
Tem um menos pior, cara dos Simpsons e carequinha
Uma mistura de Drauzio Varella com fantasminha
Nesse até que levo fé
Pelo menos ele não tem quadrilha
E tem mais experiência que aquela mulher
E a tal da Dilma, mas que coisa louca
Envolvida em quadrilha, a maior cara de doida
Não acredito que o povo vai cair nessa mais uma vez
È a clone do Lula tirando sarro com a cara de vocês!
E vamos aos nossos capixabas
Políticos do Espírito Santo
Que não são bobos, muito menos santos
Pra federal tem um que morreu e esqueceu de enterrar
Tem aquele que vem de helicóptero pra se exibir
Tem um que canta de galo e vive a ciscar
Pra deputado estadual é uma confusão
Cada hora que olho pra baixo tem santinho no chão
Vem de fora, vem de baixo, vem do alto, vem de dentro
Eu já não agüento um monte de carro barulhento
Luzia diz que é da terra, daqui, de cá, de todo lugar
E quando sobe no palanque o povo começa a vaiar
Afinal, o que foi mesmo que ela trouxe pra cá?
Ferraço levou fumo em Cachoeiro
Mas já conseguiu muita coisa pra Mimoso
E é amigo do nosso vice prefeito
E tem um jeitão todo carinhoso
Elcinho é daqui, é da “aldeia”, é da hora
E pede que não valorizemos o que vem de fora
E aí?! Eu sou da terra, vai me valorizar agora
Ou chamar um profissional de fora?
Já decidi e comigo ninguém brinca
Enquanto um monte de político cisca
O meu voto vai pro Tiririca
De palhaço por palhaço
Prefiro um profissional
E não esses engravatados
Que de quatro em quatro anos
Fazem de nossa vida um embornal
É Tiririca pra deputado federal !!!
4 comentários:
Tô contigo e não abro...
Vamos acabar com essa palhaçada DILMA vez por todas...
Saudações literárias!!!
Ricardo
Que sacada! Só mesmo uma pessoa sagaz pra conseguir juntar tanta gente feia num texto tão bonito! O recado tá dado! Tô contigo e não abro!!
Genial! Bjos!
Cômico!
Muito bom seu texto.
Parabéns!
Hehehehehehe acho bem propício um texto onde o próprio escritor se aponta como "desonesto" indicar o José Serra como a melhor opção de voto em meio a tanta gente ruim. Interessante. xD~
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