segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Chuva forte em Mimoso provoca pânico em professores da Associação Pestalozzi

   
Quarenta minutos de chuva pesada causam estragos em pontos da cidade e em especial a Associação Pestalozzi
 
Por volta das 13h00min da tarde desta segunda-feira (12), uma forte chuva de aproximadamente 40 minutos foi suficiente para provocar alguns transtornos na cidade como acúmulo de barro, galhos, folhas e outros, o trabalho de drenagem de algumas ruas para o asfaltamento sofreu paralisação momentânea, pois todos os buracos foram inundados e foi necessária a espera para escoamento da água para dar continuidade ao serviço.
O mais dramático ocorreu nas dependências da Associação Pestalozzi nossa cidade, que foi duramente castigada por uma forte enxurrada que invadiu a referida instituição, como pode ser visto nas fotos a situação foi mesmo de pânico, pois um grande muro foi arrancado e por ali seguiu tijolos, pedras, paus e muita lama que invadiu parte da binquedotéca, ala do pátio e jardim e o interior da escola causando muita sujeira e estragos! Dois enormes blocos de pilastras acompanharam a fúria da água e foi parar no meio do jardim!
“Foi com muita preocupação e nervosismo que todos nós professores vimos tamanha força daquela chuva.”       Pepenha - (Maria da Penha Oliveira Bindaco)
“Graças a Deus não tinha ninguém por perto naquela hora!”  Zezinha - (Maria José da Silva Rangel)
“Realmente foi um momento de muito pânico!” (Lilian Batista Mofati).
 
 
TEXTO E FOTOS: Renato Pires Mofati





 

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Polícia Civil realiza operação para avaliar supostas irregularidades no IPREV Mimoso



A investigação do IPREV Mimoso começou após um cheque do próprio Instituto da Previdencia no valor de R$ 800,00 para pagar um Salão de Beleza em Vitória. A partir daí as investigações não pararam e diversas suspeitas de irregularidades foram se intensificando cada vez mais.
Nesta manhã de segunda-feira (09), policiais civis fizeram uma operação através do cumprimento de busca e apreensão onde recolheram documentos e computadores na sede O Instituto e também na residencia de Lucia Gomes, presidente afastada no mês passado.
De acordo com o delegado da Polícia Civil de Mimoso, Dr. Rômulo de Carvalho Netto, ainda não pode ser revelado para a imprensa o valor total do dinheiro desviado da Instituição, pois a investigação corre em segredo de Justiça.
Segundo o atual vereador Elcio Abreu, esposo da presidente do IPREV, o que aconteceu foi perseguição política e tem sido realizado uma verdadeira tempestade em copo d'agua sobre este assunto que ele espera que seja esclarecido o quanto antes.

REUNIÃO COM FUNCIONÁRIOS PÚBLICO MUNICIPAIS 

Na manhã desta terça-feira (06), um grupo de funcionários públicos municipais aposentados esteve em reunião na Sede do SINDPUBLICO, juntamente com o presidente do mesmo, o senhor Derly Gualandi, e com a presença do presidente Interino do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos Municipais, senhor Angelo Cergio Rodrigues Reis, que prestou alguns esclarecimentos sobre os motivos pelos quais até a presente data ainda não havia sido creditado o pagamento dos funcionários inativos.

Por não terem recebido seus salários vários aposentados da prefeitura municipal pediram ao presidente do Sindicato para que convidasse o atual presidente do IPREV e desta forma fosse dado aos mesmos um esclarecimento sobre a atual situação.

De acordo com Angelo Cergio, no curto período em que o mesmo assumiu o órgão, em substituição à presidente que fora exonerada por determinação do Tribunal de Justiça do ES, a situação está caótica. Informou inclusive que já no dia seguinte, quarta-feira (06/11) deverá ter início um Auditoria que será realizada no Instituto de Previdência, pelo Ministério Público Estadual.

Relatou também que a Folha de Pagamento dos aposentados hoje está em torno de R$ 250.000,00 mensais, e não tendo ainda o repasse da prefeitura até a presente data ficou impossível efetuar o pagamento. Existem em torno de R$ 570.000,00 aplicados, porém esse valor não pode ser destinado a outras finalidades, sendo exclusivamente destinado a aplicações em favor do órgão, obedecendo a Legislação. E a dívida atual que já é de seu conhecimento está em torno de R$ 13.262.000,00, valor este que também deveria estar aplicado, referentes ao parcelamento feito e não cumprido pela Prefeitura Municipal dos valores devidos ao IPREV até novembro de 2011, levantados por Auditores do Ministério da Previdência.

Não há outro saldo, o que desconta dos efetivos paga a Folha dos Aposentados – enfatizou o presidente do Instituto. Que também falou de sua enorme preocupação com a séria situação em que o órgão que cuida da aposentadoria do funcionários públicos se encontra, lembrando ainda que no próximo mês o Ministério Público de Mimoso do Sul realizará uma Audiência Pública.

Angelo Cergio disse também ter ficado muito satisfeito em ser convidado a prestar alguns esclarecimentos ao grupo de aposentados presentes, ao falar de sua enorme preocupação por ser também funcionário público há 23 anos trabalhando como auxiliar de contabilidade. “Eu tenho me respaldado, cobrando oficialmente o repasse mensal... Também sou funcionário e quero ficar tranqüilo em relação a minha aposentadoria daqui alguns anos, assim como vocês” – lembrou o presidente em agradecimento à confiança que todos os presentes demonstraram a ele na reunião. E fez questão de afirmar que precisa estar junto dos funcionários esclarecendo tudo sobre o que ocorrer no IPREV. Inclusive foi dito pelo próprio que tomou providência, orientado pelo representante do MP local, de trocar a fechadura da porta de acesso ao Instituto de Previdência assim que assumiu. E também esclareceu que em caráter emergencial os cheques emitidos estão sendo assinados por ele e pelo tesoureiro da prefeitura até que seja definido oficialmente quem ocupará tal função, embora algumas despesas fixas, como aluguel, por exemplo, ainda não foram pagas. “Estamos procurando também fazer corte de gastos, tentando economizar ao máximo, pagando algumas coisas... como água, do nosso próprio bolso” – disse Angelo.

A prefeitura tem atualmente em seu Quadro de Efetivos em torno de 600 funcionários. E segundo Angelo Cergio, os demais funcionários contratados e comissionados, nesta última gestão, teria chegado a um total em torno de 860 funcionários; o que espantou a todos os presentes.

Outros números interessantes: os gastos administrativos do IPREV, referente aos 2% mensais previsto em lei, girariam em torno de R$ 279.000,00 / ano; folha de efetivos mais inativos e pensionistas. Pouco mais de R$ 23.000,00 ao mês, de acordo com o orçamento de 2011.

Numa conversa bastante clara e amigável com os aposentados presentes à reunião, Angelo falou do seu empenho diante do cargo que então vem exercendo e da sua satisfação com a boa aceitação e confiança do funcionalismo em seu trabalho. E comentando sua vida muito voltada para a religiosidade, disse: “A gente vai à Missa e saindo de lá tem que ir pra Missão... nós temos que saber das nossas responsabilidades, e ter respeito pela coisa pública, pelo próximo. Eu quero poder trabalhar com a confiança de vocês em mim...”. E também em apoio ao presidente hoje respondendo pelo Instituto, senhor Aureo, um dos aposentados disse: “Antes de ter formação e graduação pra trabalhar com o iprev tem que ter caráter”, como forma de dizer o quanto os funcionários depositam confiança nele.

Os aposentados esperam que a situação seja resolvida o mais rápido possível na prefeitura pra que recebam seus salários. Muitos desses funcionários, mesmo não presentes a reunião, estão extremamente preocupados porque dependem única e principalmente do seu pagamento para compra de remédios e outras necessidades básicas.
TEXTO E FOTOS: Antonio Carlos de Souza / Renata Mofatti


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Sopa de Letrinhas




Quando eu era pequena
Do tamanho de um botão
A minha mãe sempre dizia
Coma arroz e feijão

E eu fui para o Jardim
Ainda pequenininha
E lá eu conheci
A famosa Sopa de Letrinhas

No prato de alumínio
Do Jardim de Infância
As letras se juntavam
No meu mundo de criança

“Faz crescer, vai ficar forte, uma ótima comida”
Eu cresci, fiquei forte e aguento mesmo os esbarros da vida

Uniforme branco das merendeiras
A gangorra e brincadeiras
O Jardim é o mesmo a encantar
E o sino continua a tocar

Tanta coisa passou, tanta coisa aconteceu
E a criança que existe em mim não morreu

Sopa de Letrinhas tinha cheiro de carinho
De professora atenciosa (oh tia Rosa!)
De caderninho

Sopa de letrinhas
Tirou os números de minha vida
Trouxe a prosa e a poesia

Sopa de letrinhas
Não me lembram as teclas de um computador
E sim os lápis e o apontador

Faber Castell, Papai Noel
Festa da escola, Dia das Mães
E a Sopa de Letrinhas sempre presente
No Jardim de Infância Corina Bicalho Guimarães

terça-feira, 6 de novembro de 2012

A Lei da Recompensa



Estudiosos hão de afirmar: a Lei da Recompensa é a única que, efetivamente, funciona nesse país burocrático. Ela não depende de papéis, dinheiro, contas bancárias, processos civis ou dolosos. É uma Lei puramente infantil (não da Vara da Infância e Adolescência), mas criada, adotada e vigorada por pessoas um tanto quanto mimadas e pirracentas. 

Acredito que ela (a lei) comece a vigorar desde a infância, quando, aos cinco ou seis anos, o moleque só empresta a bola de futebol se puder entrar no jogo. Ou a menina só entrega a boneca se puder brincar de casinha com as amigas. 

Com o passar do tempo, a Lei vai se intensificando: - “Me dá um beijo que te trato bem! Esteja sempre ao meu dispor que puxarei seu saco! Não se apaixone por ninguém, senão jamais serei o mesmo!”. 

Pela vida afora, involuntariamente, vamos conhecendo gente assim... Uns se vestem na pele de cordeiro e no início são flores ao “preparar o terreno” e tentar conquistar o outro com presentes e sorrisos. 

Depois, quando percebem que o seu “objeto de desejo” não está com a mínima disposição de cair na rede, essas pessoas vão se trancando no silencio, no desprezo ou na chantagem com o intuito de “se aparecer” em caras truncadas. E indagam: -“O que aconteceu que meu brinquedinho que eu tanto queria não funciona mais?” 

Já me senti personagem dessa patética peça de teatro, já fui o objeto desejado... Hoje fico só na plateia e sempre que alguém senta ao meu lado e me oferece algo a mais do que posso e quero retribuir, logo agradeço e respondo com firmeza: - “Não quero! Não posso! Não vou e... não dou!”.

A lei da recompensa do amor é tão somente a liberdade e eu não sou objeto de troca.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Zona do Coração



É muito difícil passearmos dentro de nós mesmos. Há caminhos desconhecidos e portas trancadas. O que sabemos de nós?

Às vezes é assim que se dá comigo: quando não há o que fazer, quando tudo me parece igual e não sei aonde ir, quando os caminhos parecem estar fechados, olho para dentro de mim mesma, para lugares que ainda não conheço. Sinto vontade de passear por ali.

Há em mim lugares desconhecidos, por onde caminharia horas a fio, sem nunca por os pés onde já houvesse pisado. Em alguns marcharia forte, para sacudir a poeira e espantar a mesmice; em outros, apenas levitaria, para não despertar o que deve permanecer adormecido.

Há caminhos nos quais a grama já não cresce mais, outros por onde ninguém nunca andou, e outros meio esquecidos, com o mato crescendo e invadido as veredas. Pois é nessas veredas que ronda o perigo. Tenho medo de caminhar entre teias de aranha, lugar lúgubre onde fantasmas rondam, arrastando correntes.

Depois de horas de passos incertos, chego aonde não queria: à porta do coração. Bato, receosa do que vou encontrar. Nada, está vazio. Há tempos está assim. Dou uma arrumadinha, tiro a poeira e o deixo prontinho para receber alguma visita. Quem sabe um novo amor? Reescrevo, nas paredes tingidas de vermelho, uma velha frase, na esperança de que alguém um dia a leia e se comova.

Mas não gosto de permanecer muito tempo olhando meu coração. Dá pena!

O que se passa com esse pobrezinho? Às vezes é esperto; às vezes, bobão. Quando acha que sabe das coisas, é quando mais sofre.  E daí fica andando de um lado pro outro, batendo descompassado, trepidando, brincando de esconde-esconde no meu peito. Ora se aninha num canto, ora salta pela boca, ora quer pular.

Saio, para voltar sabe Deus quando! Mas não tranco a porta; deixo-a entreaberta. E onde guardo a certeza do amor, a sete chaves, na soleira eu estendo um tapete vermelho.

Desisto, então, de caminhar com os pés. Passeio melhor com as mãos, ao sentar ao meu notebook e deixar que os dedos deslizem pelo teclado e rabisquem letras para penetrar em algum sentimento.

Na zona do meu coração, na porta, bordei no tapete vermelho: Bem-vindo! A casa é sua!

domingo, 4 de novembro de 2012

Brincando com Peter Pan


Quando crescemos, perdemos a vitalidade de Peter Pan, o entusiasmo de Wendy e o feitiço da Fada Sininho. Inexplicavelmente, viramos personagens de um mundo que nos modelou de acordo com o sistema da sociedade... Mundo de "gente grande e sociável", de capitalistas apressados (galinhas desesperadas correndo atrás do milho), de desculpas esfarrapadas e sorrisos ensaiados... Um mundo de não poder andar sem camisa ou descalço pelas ruas. 

Decidi também ser criança. Não quero fazer parte do povo que já cresceu porque se o dito céu for repleto dessa gente chata que se diz santa, é preferível ir para o inferno, pois lá encontraremos gente como a gente.

São nos detalhes que deixo de me integrar ao movimento "Vamos Crescer", por exemplo, nunca olho de cima para uma criança; não reprimo risada escandalosa. Sou criança quando choro e piso forte; quando ouço as mesmas histórias; quando passo horas observando o árduo trabalho das formigas...

Por que não ser assim? Por que não se admirar com um cachorro balançando o rabo de felicidade, apesar de nossa fria distância?

Se for para ignorar o entusiasmo ingênuo dos animais e encarar a vida sem as lentes do amor... Se for assim, é melhor nem viver, porque “morto” é aquele que pensa diferente.

A felicidade não pode adormecer e a vitalidade jamais se extinguirá no cinza das horas. Pintarei a tela da vida com as cores do arco-íris, para que no dia em que a tristeza me visitar, eu tenha o ânimo de sair em busca do tesouro perdido.





sábado, 25 de setembro de 2010

Deus Não é Surdo

O circo está armado. Os leões vigiam a caixinha de dinheiro no altar. Na platéia, o povo da fé inabalável solta urros indecifráveis. E em Mimoso do Sul mais um bairro sofre com a síndrome do “Xô, Satanás!”.

O que entendo de religião é o mesmo que sei de números binários: nada! Sobre o assunto, li uns três ou quatro livros, mas cada um puxando o terço, o santo e a bíblia pro seu lado.

E sem puxar farinha para lado algum, só procuro entender porque preciso puxar o fone de ouvido durante as reuniões de certas igrejas Pentecostais. Como é estressante conviver, todos os dias, com escândalos noturnos, ininterruptamente, das 19h00 às 21h30.

Mas se de religião entendo pouco, de Direitos Humanos entendo bem, e afirmo que todo indivíduo tem direito à tranquilidade, principalmente no lar, o que não acontece dentro das residências de alguns bairros de Mimoso, que convivem com os berros dos fiéis.

Geralmente, a rotina lá em casa é algo normal: meu pai faz do controle remoto, a distração; minha mãe, de suas agulhas de tricô, o divertimento artesanal; meu irmão, da caneta e caderno, o sossego; e eu, do notebook, o meu emprego.

E tudo funciona assim, até que chega o momento em que começam os berros e... Papai utiliza o controle remoto para abaixar o tom da voz dos “irmãos”; minha mãe pensa em furar os tímpanos com a agulha de tricô; Henrique escreve cartazes com os dizeres “Deus não é surdo!” e eu bem queria que a tecla do computador interrompesse a gritaria descomunal do pastor.

Assim, nos resguardamos apreensivos... Seria tolice confessar uma curiosidade? Para onde vai o “bicho ruim” que eles mandam sumir? Espero que o “monstrengo” não queira passear nos jardins “silenciosos” de minha casa...

Na apreensão, também viramos personagens desse teatro onde ler um livro ou assistir TV é algo fora de cogitação.

E a história sem solução vai se arrastando do jeito que a demora convém, Deus não é surdo! Deus ouve muito bem! E em silêncio eu respondo: AMÉM!

sábado, 18 de setembro de 2010

Tô Vendendo o Meu Voto

Tô vendendo o meu voto

Quem quer comprar?

Tô fora desse papo escroto

De que o Brasil vai melhorar


Onde tá a fatia do bolo

Que eu quero experimentar?

Não sou mais aquele tolo

Que vivia a acreditar


O papo eleitoreiro

É que nem pescaria

O político “fisga” o “companheiro”

E dá umas minhocas como garantia


Já ganhei gasolina

Notas de cinqüenta e de cem

Já plotei carro e o enchi de menina

E nesses dias eu não sou um “Zé Ninguém”


Eleição tem mesmo dessas glórias

Políticos chorando contam suas histórias

Mas o povo, ta é mesmo calejado

E fala mentalmente: tudo um bando de safado!


E na hora “H” nem sei em quem votar

É tanto número para memorizar

Vou pra minha urna bem devargazinho

Quem sabe um político molhe a minha mão mais um pouquinho!?


Ah! Sim, senhor! Quem te disse que sou honesto?

Assim como a maioria dos políticos

EU TAMBÉM NÃO PRESTO


Eu levo santinho, levo colinha na mão

Viro delegado de partido

Brigo na rua, caio no chão


Que feio! O coitado apanhou do outro lado

Eu tava no meio

Dei de cara com a polícia e fui algemado


Fui solto na mesma hora

Dei um jeito de escapar

A verdade é que até agora

Não consegui votar


Pra presidente do Brasil, o trem da complicado

Tem uma moça do partido verde que não dá resultado

Tem um cara do nome esquisito e que rima com mel

Um tal de Ey Ey Ey Ey Ey Ey Ey Mael


Tem um menos pior, cara dos Simpsons e carequinha

Uma mistura de Drauzio Varella com fantasminha

Nesse até que levo fé

Pelo menos ele não tem quadrilha

E tem mais experiência que aquela mulher


E a tal da Dilma, mas que coisa louca

Envolvida em quadrilha, a maior cara de doida

Não acredito que o povo vai cair nessa mais uma vez

È a clone do Lula tirando sarro com a cara de vocês!


E vamos aos nossos capixabas

Políticos do Espírito Santo

Que não são bobos, muito menos santos


Pra federal tem um que morreu e esqueceu de enterrar

Tem aquele que vem de helicóptero pra se exibir

Tem um que canta de galo e vive a ciscar


Pra deputado estadual é uma confusão

Cada hora que olho pra baixo tem santinho no chão

Vem de fora, vem de baixo, vem do alto, vem de dentro

Eu já não agüento um monte de carro barulhento


Luzia diz que é da terra, daqui, de cá, de todo lugar

E quando sobe no palanque o povo começa a vaiar

Afinal, o que foi mesmo que ela trouxe pra cá?


Ferraço levou fumo em Cachoeiro

Mas já conseguiu muita coisa pra Mimoso

E é amigo do nosso vice prefeito

E tem um jeitão todo carinhoso


Elcinho é daqui, é da “aldeia”, é da hora

E pede que não valorizemos o que vem de fora

E aí?! Eu sou da terra, vai me valorizar agora

Ou chamar um profissional de fora?


Já decidi e comigo ninguém brinca

Enquanto um monte de político cisca

O meu voto vai pro Tiririca


De palhaço por palhaço

Prefiro um profissional

E não esses engravatados

Que de quatro em quatro anos

Fazem de nossa vida um embornal


É Tiririca pra deputado federal !!!

sábado, 20 de março de 2010

Recados da Liberdade

Ah, não seja portão para ficar acorrentado e nem pássaro de gaiola. Saiba que ser “bicho solto” tem mais valia do que ficar parado. Balance com aquela velha rede que joga a tristeza para o alto. SOLTE.

Ora bolas! Não se tranque, não se acorrente, machuque de vez em quando a garganta bebendo água gelada, dê um susto na língua engolindo café quente. PROVE.

Tome chuva na rua ou na calçada (a receita é voltar para casa ensopado). Tente andar rápido, mesmo se estiver com a perna dormente e vá até onde a dor não te atormente. Não se deixe tratar como um animal, pois é criatura humana na qualidade de gente. DESAMARRE.

Que tal ser nuvem solta que muda de forma? Ou pássaro na árvore e no fio cantarolando? E mesmo que seja frio, inverno e arrepio, se permita tomar banho de mar ou de rio. MERGULHE.

Nada de ficar trancado em porta retrato porque sorriso forçado não cai bem! Nem ande menos que o próprio sapato, porque a vida lhe oferece a dança e o descompasso. OUSE.

Não se mantenha acorrentado, pois cadeado é palavra que nem existe. ESQUEÇA.

Aprecie a leveza do ouvir e dizer o “sim” mais do que o “não”... “Não” é palavra truncada, é cérebro em negação. O “sim” é o sorriso que vem naturalmente à boca, mesmo que sem juízo. ARRISQUE.

Ah, e não pense em grades, pois elas são apenas sonhos desfeitos. Prefira a janela escancarada para olhar o céu de manhã e madrugada. PULE.

Nada de quadrados, de resolver os problemas dentro de quarto. De lágrimas e pesadelos, os travesseiros estão cheios. SONHE.

Dentro do armário, guarde apenas as suas roupas. Na mente, amizades coloridas e frases soltas. E nada de fazer cara feia para quem te mostra cara bonita, isso não cai bem “na fita”. SIMPLESMENTE NÃO RESISTA.

Quanto à fechadura, utilize apenas a do seu coração, para guardar à sete chaves um antigo amor ou nova paixão. Isso significa maturidade e respeito e não cadeado, corrente, cadeia, prisão... RESPEITE.

Ame de um jeito simples e verdadeiro e não se importe se é coisa de momento ou sentimento passageiro. AME.

Se apresse em “somar pontos” ao dizer o que sente e aí encontrará a liberdade frente à frente. COMPARTILHE.

E reconheça que num mundo de complicação, vale acreditar e amar de verdade apesar de tanta ilusão.

Já dizia certo filósofo: a mente que se abre para uma nova idéia jamais volta ao seu tamanho original. Será? Acredito que sim, quando uma idéia é nova e ORIGINAL dificilmente ela ficará estagnada. Mas, meus caros leitores, quando essa idéia é copiada, nunca a qualidade da cópia é a mesma ou melhor do que a anterior. O nome mesmo já diz “cópia”, que segundo o dicionário de minhas letras conturbadas significada: retirar do que já existe algo que nunca será igual... Peço desculpas ao dicionário Aurélio, pois estou com preguiça de folhear suas páginas pálidas e prefiro não “copiar” o que significa a palavra “cópia.

Exemplos de cópias temos aos montes, mas para resumir vamos as mais conhecidas e globalizadas: O SBT é a copia insistente de todas as idéias da Globo e o resultado disto são as novelas no pior estilo dramalhão que vem do México; as reportagens só trazem o drama como tema e não o enfoque jornalístico em si e os programas e mais programas nem sempre emplacam... Na área gastronômica, temos as “quase” coca-colas de gosto caramelado e açucarado... Na música, milhares de Britney’s Spear’s e Lady’s Gaga’s tentam copiar inutilmente a Rainha do Pop “Madonna”. Na internet, temos o “vilão herói GOOGLE”... Quem nunca copiou mil coisinhas dele daqui e dali para fazer um trabalho de escola ou para bater um papo com a namorada culta? Na área da “compra e venda”, a China reproduz tudo o que o mundo cria e assim nos deparamos com a enchovalhada de mercadorias que nos dão nos nervos: Made in China, alguém já ouviu falar?


E numa bela cidade do interior, conhecida nacionalmente pela tradição da Folia de Reis e seus casarios no melhor estilo neo clássico, de povo hospitaleiro, com forte traço da imigração italiana que teve na Estação Ferroviária a célula mater de seu desenvolvimento surge uma REVISTA de excelente qualidade gráfica e editorial. Refiro-me à REVISTA MUQUI, criada pelo “GRUPO M” que prima por matérias de bom gosto e na valorização dos pequenos e grandes comércios, das atrações turísticas e personalidades que compõem todo o charme de uma cidade que com muito orgulho é vizinha de minha mimosa “Mimoso do Sul”. Escrevo sobre Muqui.

E em Muqui outra revista aparece em cena, também apostando na formatação bonita e pequena... É uma pena e não acho legal copiar a REVISTA MUQUI, onde posso “soltar o verbo” num meio de comunicação ORIGINAL.
E as cópias continuam por aí... Falsos Messias copiam Jesus, lanternas ligadas fingem que é luz e o “ouro de tolo” imita o ouro mas nem sempre reluz...

Ah! Essas Mulheres


Pensei em escrever com leveza e simplicidade sobre as mulheres. Queria muito mesmo que fosse um texto que fluísse de uma forma bem leve, atrativo, enfim feminino...

Uma crônica que fosse comparada com o vôo de um pássaro e gastronomicamente com o degustar de uma gelatina: que descesse leve por nossa goela abaixo.


Mulheres... As mais conhecidas são ao extremo. Ora transloucadas, ora fantásticas: Maria, mãe de Jesus, abnegada; Madonna, Rainha do Pop, mulher do outro Jesus, 69 anos de cantora louca e inteiraça; Madre Tereza de Calcutá, quem nunca ouviu falar?


E as “mulheres mães” comuns e fabulosas, que com a mão na massa nunca deixam o leite entornar, que temperam maravilhosamente bem e esperam os filhos agarradas ao relógio.

Particularmente, as mulheres ao volante são as melhores, as mais hilárias, com exceção, é claro!Querem disputar o espaço com os homens, se dizem cautelosas, mas são medrosas... Estressam-se, fingem ter calma e soltam frases do tipo: “eu nunca bati”! “sou cuidadosa”! “tá com pressa, sai voando”!. O utensílio principal do automóvel, para essas mulheres, é o espelhinho do carro onde passam horas e horas retocando batom, espremendo espinha, tirando pêlos da sombracelha, etc e tal. A alegria maior é quando o sinal está fechado e o trânsito parado. É um tal de pegar celular e ligar para a amiga, olhar as vitrines e colocar música romântica que só vendo!

Entender a alma feminina não é fácil, assim como não é fácil ser mulher... Tal qual a lua, somos cheias de fases, entraves e empasses. Por quantas vezes, quando comemos muito, nos sentimos “redondas” e quando estamos com dor de cotovelo, ficamos “minguantes”. Uma hora, sorriso escancarado, noutra, olhar emburrado. Nem sempre somos as donas do controle remoto e numa roda de homens quase nunca temos razão. Acredito que perdemos à razão quando soltamos nosso gritos estridentes, mas isso é um caso de fonoaudiologia, pois coisa que irrita é grito de mulher, principalmente daqueles desesperados: “ai, olha uma baraaaaaata”!

Mulher não pode entender de futebol, senão é “mulher macho”; não pode entrar na política senão é “pra frente”; não pode tomar a iniciativa no namoro, senão é “safada”; não pode dirigir que é taxada de barbeira; não pode se emperequetar muito, senão é perua; não pode ficar desarrumada, senão é lambona; não pode admirar outra mulher, senão é invejosa... Difícil assim!

Mas a graça ou desgraça de ser mulher é essa mesma: aceitar quem somos, como somos, independente do rosto estar coberto de espinhas ou panqueique para disfarçar. Independente de ser difícil chorar com rímel nos olhos... Ser mulher é se preocupar se absorvente está aparecendo, se a calcinha está marcando ou torta... É corar o rosto quando um caminhão de jogadores está passando e todos gritam simultaneamente: “gostooooooooosa"! Ser mulher é chorar em filmes água com açúcar, é ler receitas de dietas e mesmo errada, teimar que está certa. Ser mulher é escrever sobre coisas de mulheres com o tempo esgotado. Ops,! por falar nisso são 09h00 da manhã tenho horário marcado no Salão Ellegance da Odette, vou me despedir de vocês, leiotres, pois tvou experimentar um novo tipo de escova: creme de chantilly com extrato de sorvete caramelado.

Blá, Blá, Blá de Fim de Ano


Natal: época de paz, harmonia, de contato com a família e reaproximação, mas nem sempre isso acontece, geralmente é consumismo, mesa farta, uns “arrancas rabos” e porres de vinho...

Na televisão, o caro peru comemorativo com o selo “abençoado” da Perdigão. No sofá de casa, alguns falsos caridosos comentam sobre os meninos deitados nas ruas encima de papelão: “Isso é um absurdo! Tanta gente passando fome e a televisão mostrando essa fartura!”.

O comércio sempre fecha tarde e grande parte dos funcionários das lojas sequer experimenta a ceia de Natal, pois chegam aos lares enfastiados de tanto embrulhar presentes que sequer têm forças para desembrulhar os presentes que recebeu. Eles tomam um banho e “puxam um fio” com o DDD: Descansam, Deitam e Dormem. O dingobell’s? Ah! Fica para o próximo ano!

A coisa óbvia das comemorações de fim de ano é que a rolha de champagne certamente vai cair na cabeça de alguém ou estraçalhar um copinho de enfeite (daquele que é objeto de ciúme da mãe ou da avó e só sai do armário de ano em ano). Muitos vão engolir bebida cara, sentir um gosto horrível, mas fazer cara bonita; tantos vão tomar vinho barato e ser feliz a noite toda; uma boa parte vai chorar e sentir a falta de alguém; o neto mais velho vai dedurar que o Papai Noel com o bigode caído é aquele tio chato e gordo do dia a dia; tem gente que vai quebrar nozes atrás da porta e levar esporro da tia (alô, tia Leila).

E as superstições do Ano Novo? Meu Deus! É tanta crendice maluca que nem sei mais em quê ou em quem acreditar... Roupa preta dá azar; usar calcinha vermelha é bom para atrair (ou quem sabe trair) o namorado; sete pulinhos na água garantem uma vida equilibrada (mas, por favor, não pule se estiver bêbado porque o desequilíbrio é certo). E os presentes para Iemanjá? (eu não sabia que a “Rainha do Mar” usava pulseira de ouro). E a tal história de que comer galinha em dia de Ano Novo faz com que o sujeito ande para trás financeiramente falando, pois é, disseram que só podemos comer bicho que anda pra frente e não bicho que “cisca” pra trás. Ai, Jesus!

E na fartura toda, não pode faltar a lentilha: sinônimo de prosperidade! Tadinha dela, sempre tão procurada no fim de ano e esquecida nas outras ocasiões. E a rabanada? É recorde de obesidade. Ninguém come apenas uma e por mais que esteja bem feita, alguém sempre vai reclamar que está encharcada de gordura e entupindo as veias da família e do coração.

E por aí vai... A janta do Natal vai se transformar no almoço do outro dia. O “rei” Roberto Carlos com o mesmo cabelo esticado e trejeito de “quero ser malandro, mas não sou” vai estar na Globo e vamos confessar: sem tantas “EMOÇÔES”. A XUXA também. O “ESPECIAL” do melhores cantores (lixo comercial) vai pintar na tela com o pior do Playback. O Faustão com a gravatinha borboleta à la garçom vai anunciar que logo logo meia noite vai chegar ... E a sétima arte com os filmes “Esqueceram de Mim” 1, 2, 3 em clima de inverno sendo passado pela milésima vez em nosso país (orgulhosamente país tropical).

Agora, meu caro leitor, se neste fim de ano, você quiser ganhar uma grana extra, vá, desde já, se especializando em astrologia e numerologia, porque o que esse povo tá ganhando em dinheiro para “acertar” a sorte dos outros não é brinquedo... Em todos os canais de TV e revistas do mundo só se fala disso: galho de arruda atrás da porta é bom pra blá, blá, blá; moeda de um centavo na carteira traz blá, blá, blá; mastigar romã pode blá, blá, blá; olhar para o espelho e dizer que é uma pessoa nova vai te fazer blá, blá, blá...

É meu caro, lá vai um conselho de besta: cai nessa não! Trabalhar e lutar para que as coisas dêem certo em sua vida é coisa que tem mais valia que perder tempo com futilidades. Opa! E por falar em futilidade, tá na hora de ir embora, já é quase meia noite, os fogos de artifício estão explodindo e dizem “que dá azar” passar o Ano Novo digitando (ainda mais de roupa preta, de blusa do lado avesso e com o quarto desarrumado). Vou é pra beiradinha da praia, quem sabe eu dê a sorte de “catar” uma pulseira de ouro da Iemanjá...

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

POR ONDE ANDA BELCHIOR?


“Saia do meu caminho, eu prefiro andar sozinho, deixem que eu decida a minha vida.”


Por onde anda o grande ícone da MPB Belchior? Teria se entregado ao ostracismo? Está preso em casa com medo de avião? Alguma alucinação? Largou mesmo o microfone, o violão e subiu na garupa da solidão ao se refugiar num canto qualquer da vida? Ou virou El Condor a voar pelos andes?

A voz da América quer respostas de um cidadão comum, rapaz latino americano que desapareceu sem deixar pistas, pois apenas vozes no velho rádio à pilha ou aparelhos de som evoluídos trazem de volta um pouco da importância de Belchior na música popular brasileira.

Será mesmo que o Cordial Brasileiro não está interessado em nenhuma teoria, em nenhuma fantasia, além do algo mais?

Na fotografia 3X4 em matérias de jornais e revistas, tudo são teorias girando ao redor do cantor bigodudo que no palco ou fora do foco será sempre o cidadão comum vivendo a divina comédia humana onde nada é eterno.


“Enquanto houver espaço, corpo, tempo e algum modo de dizer “não” eu canto.”

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Despedida (in memoriam a Tia Bebel)

Quando a transitoriedade da vida nos pega de surpresa, nada mais nos resta do que tentar entender. Quando não entendemos, ou quando o sentimento de saudade teima em aparecer, qualquer lembrança é uma dor a mais. Minha forma de sentir falta é externada pelas letras dessa poesia que jamais pensei em escrever um dia...

Tia Bebel se arrumava,
dava um retoque em seu rosto de boneca,
mirava-se no espelho, penteava o cabelo.
Será que ia à festa?

Uma vida em cinqüenta anos,
sempre sorrisos e muitos planos.

A tatuagem de escorpião na canela
ficou apenas no sonho.
Contemplava o morro Itabira da janela
cantarolando o Rei Roberto: “eu te proponho”.

Sorriso aberto, dentes brancos e escancarados,
mas se o mal humor chegasse, logo eles seriam fechados.

Voz alta, presença alegre e constante.
Se era caprichosa? Perguntem a sua estante.

Sabonetes glicerinados produzidos por suas mãos.
Pintar quadros era mais uma de sua distração.

Reunia a família, agregava sentimentos.
Sentia saudades das filhas que moram tão longe.
Que lamento!

Poetisa num simples diário,
amante do Recanto das Letras.
O que seria de mim se ela não existisse?
Eu mesma respondo: apenas um livro sem letra!

A casa imensa,
o coração maior ainda,
na frente do papel ela pensa
e a noite estrelada se finda.

Amanhã ela vai partir
e lágrimas vai deixar.
Amanhã, nosso mundo vai cair,
mas o céu vai comemorar.

Hoje, ela sobre, com preguiça, a escada da casa,
amanhã, subirá aos céus, na companhia de uma asa.

À noite, pega o terço e reza...
Por que ir embora tão depressa?
Ela acorda e segue viagem...
Vai não, tia! Pare de bobagem...

Fica mais um pouco!
Vamos para a casa da vovó?
Não. Eu prometi me encontrar com a lua,
Não posso deixá-la tão só!


Oh! Tia Bebel, mas como é teimosa!
Que dia faremos a nossa poesia e prosa?
E a crônica? Quando vai pintar os quadros das meninas?
E o fogão à lenha na roça? O quentão para a Festa Junina?

Renata, garota ansiosa! Tira essa revolta do coração,
cadê sua crença espiritual de que nos veremos noutra dimensão?

Ah! Vê se não me desaponte mais,
trabalhe bastante e não chore mais.
Onde já se viu uma italiana
entregar os pontos e pensar para trás?

Leia meus versos, sinta meu cheiro,
saiba que sinto falta da família,
dos amigos, do macarrão do papai e da mamãe...
Hum! O amor é o verdadeiro tempero.

Agora tenho mesmo que ir, prometi não demorar,
pois lá encima uma linda harpa espera:
a minha voz, o meu sorriso, o meu cantar!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Silêncio em Noite de Chuva


Conhecer o gosto e o som do silêncio que conforta e nos permite ouvir a respiração de quem amamos ao lado é quase um dom, uma dádiva. Saber apreciar e ouvir o silêncio quebrado pelas gotas de chuva no telhado em dias e noites de frio, é no mínimo, um encontro com a paz, que nem seria guerra se fosse quebrada por corações descompassados.

O cenário: meu irmão dormindo ao lado. Na madrugada fria, ele corta o silêncio resmungando que teve pesadelo. “Atrapalho” o seu medo sussurando palavras de calma e carinho: - fique calmo, estou aqui! Ele adormece e ouço o barulho de minhas mãos fazendo carinho em seu cabelo. Dessa noite de silêncio, jamais esquecerei.

Silêncio não é quando evitamos o que queremos dizer, quando deixamos para depois as coisas que sentimos, quando “ficamos de mal”. Silêncio pode ser até barulho, desde que traga paz. É respeito, é entender a dor do outro.


Silêncio é o cérebro em turbilhão fazendo planos, resgatando lembranças enquanto o rosto permanece meio sonso e imóvel, apesar da boca soltar palavra sequer.