Quando crescemos, perdemos a vitalidade de Peter Pan, o entusiasmo de Wendy e o feitiço da Fada Sininho. Inexplicavelmente, viramos personagens de um mundo que nos modelou de acordo com o sistema da sociedade... Mundo de "gente grande e sociável", de capitalistas apressados (galinhas desesperadas correndo atrás do milho), de desculpas esfarrapadas e sorrisos ensaiados... Um mundo de não poder andar sem camisa ou descalço pelas ruas.
Decidi também ser criança. Não quero fazer parte do povo que já cresceu porque se o dito céu for repleto dessa gente chata que se diz santa, é preferível ir para o inferno, pois lá encontraremos gente como a gente.
São nos detalhes que deixo de me integrar ao movimento "Vamos Crescer", por exemplo, nunca olho de cima para uma criança; não reprimo risada escandalosa. Sou criança quando choro e piso forte; quando ouço as mesmas histórias; quando passo horas observando o árduo trabalho das formigas...
Por que não ser assim? Por que não se admirar com um cachorro balançando o rabo de felicidade, apesar de nossa fria distância?
Se for para ignorar o entusiasmo ingênuo dos animais e encarar a vida sem as lentes do amor... Se for assim, é melhor nem viver, porque “morto” é aquele que pensa diferente.
A felicidade não pode adormecer e a vitalidade jamais se extinguirá no cinza das horas. Pintarei a tela da vida com as cores do arco-íris, para que no dia em que a tristeza me visitar, eu tenha o ânimo de sair em busca do tesouro perdido.
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