Tia Bebel se arruma,
dá um retoque em seu rosto de boneca,
mira-se no espelho, penteia o cabelo.
Será que vai à festa?
Uma vida em cinquenta anos,
sempre sorrisos e muitos planos.
A tatuagem de escorpião na canela
ficou apenas no sonho.
Contempla o Itabira da janela
cantarolando o Rei... “eu te proponho”
Sorriso aberto, dentes brancos e escancarados.
O mal humor chegou? Eles logo serão fechados.
Voz alta, presença alegre e constante.
Se era caprichosa? Perguntem a sua estante.
Sabonetes glicerinados produzido por suas mãos,
pintar quadros? Mais uma de suas artes e distração.
Reunir a família, agregar sentimentos.
Saudade das filhas que moram tão longe...
Que lamento!
Poetisa num simples diário,
amante do Recanto das Letras.
O que seria de mim se ela não existisse?
Eu mesma respondo: apenas um livro sem letra!
A casa imensa,
o coração maior ainda.
Na frente do papel ela pensa
e a noite, estrelada, se finda.
Amanhã ela vai partir
e lágrimas vai deixar,
amanhã, nosso mundo vai cair
e o céu vai comemorar.
Hoje ela sobe, com preguiça, a escada da casa,
amanhã subirá os céus na companhia de uma asa.
A noite, pega o terço e reza...
Por que ir embora tão depressa?
Ela acorda e segue viagem...
Vai não, tia! Pare de bobagem!
Fica mais um pouco!
Vamos pra casa da vovó?
Não. Eu prometi me encontrar com a lua,
Não posso deixá-la tão só!
Oh! Tia Bebel, mas como é teimosa!
Que dia faremos a nossa poesia e prosa?
E a crônica? Quando vai pintar os quadros das meninas?
E a fogão à lenha na roça? O quentão para a festa junina?
Renata, garota ansiosa! Tira essa revolta do coração,
cadê sua crença de que nos veremos em outra estação?
Ah! Vê se não me desaponta mais!
Estude, trabalhe e não chore mais.
Onde já se viu uma italiana
entregar os pontos e pensar para trás?
Leia meus versos e sinta meu cheiro,
saiba que sinto falta da família,
dos amigos, do macarrão do papai e da mamãe...
Hum! O amor é o verdadeiro tempero!
Agora tenho que ir, prometi não demorar,
pois lá encima uma linda harpa espera:
a minha voz, o meu sorriso, o meu cantar!
dá um retoque em seu rosto de boneca,
mira-se no espelho, penteia o cabelo.
Será que vai à festa?
Uma vida em cinquenta anos,
sempre sorrisos e muitos planos.
A tatuagem de escorpião na canela
ficou apenas no sonho.
Contempla o Itabira da janela
cantarolando o Rei... “eu te proponho”
Sorriso aberto, dentes brancos e escancarados.
O mal humor chegou? Eles logo serão fechados.
Voz alta, presença alegre e constante.
Se era caprichosa? Perguntem a sua estante.
Sabonetes glicerinados produzido por suas mãos,
pintar quadros? Mais uma de suas artes e distração.
Reunir a família, agregar sentimentos.
Saudade das filhas que moram tão longe...
Que lamento!
Poetisa num simples diário,
amante do Recanto das Letras.
O que seria de mim se ela não existisse?
Eu mesma respondo: apenas um livro sem letra!
A casa imensa,
o coração maior ainda.
Na frente do papel ela pensa
e a noite, estrelada, se finda.
Amanhã ela vai partir
e lágrimas vai deixar,
amanhã, nosso mundo vai cair
e o céu vai comemorar.
Hoje ela sobe, com preguiça, a escada da casa,
amanhã subirá os céus na companhia de uma asa.
A noite, pega o terço e reza...
Por que ir embora tão depressa?
Ela acorda e segue viagem...
Vai não, tia! Pare de bobagem!
Fica mais um pouco!
Vamos pra casa da vovó?
Não. Eu prometi me encontrar com a lua,
Não posso deixá-la tão só!
Oh! Tia Bebel, mas como é teimosa!
Que dia faremos a nossa poesia e prosa?
E a crônica? Quando vai pintar os quadros das meninas?
E a fogão à lenha na roça? O quentão para a festa junina?
Renata, garota ansiosa! Tira essa revolta do coração,
cadê sua crença de que nos veremos em outra estação?
Ah! Vê se não me desaponta mais!
Estude, trabalhe e não chore mais.
Onde já se viu uma italiana
entregar os pontos e pensar para trás?
Leia meus versos e sinta meu cheiro,
saiba que sinto falta da família,
dos amigos, do macarrão do papai e da mamãe...
Hum! O amor é o verdadeiro tempero!
Agora tenho que ir, prometi não demorar,
pois lá encima uma linda harpa espera:
a minha voz, o meu sorriso, o meu cantar!
5 comentários:
Senti saudades de um alguém que, infelizmente, nunca conheci.
Dores não são todas iguais. A de perder um ente querido é eterna. Como disse Chico, "a saudade dói latejada, é assim como uma fisgada no membro que já perdi... [] á saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu...". E como disse Fernando Pessoa, "a morte é a curva da estrada...". Essa dor, o tempo não cura; mas, se continuarmos nossa caminhada, quem sabe não topemos com esse alguém escondido atrás de uma curva qualquer da vida? A cada dia passamos por uma estação. Deixe um pouco da tua dor em cada uma delas, e roube um pouco de esperança de cada um que te cerca... É muito tocante tua poesia, guria.
"Não. Eu prometi me encontrar com a lua,
Não posso deixá-la tão só!"
Minha nossa.. Dá pra se emocionar com essa poesia, dá pra sentir a ternura e a saudade que você colocou nela..
Simplesmente lindo..
RE EU LI ESSA POESIA EU SINTO A MESMA COISA VC COLOCOU A SUA ALMA O SEU CARISMA NESSA POESIA ELA TA LINDA E SE A TIA BEBEL ESTIVESSE AQUI EU TENHO CERTEZA QUE ELA IA ACHAR ESSA POESSIA LINDA MAS ELA ESTA AI SIM DENTRO DO SEU CORAÇAO E EU TENHO CERTEZA DISSO TAMBEM ESPERO QUE ELA TE ABENÇOE MUITO CADA DIA MAS TA BEM ????????????
DATA:19/09/2008
ASS:LUYLA DOS SANTOS RESENDE
re a tia bebel se eu posso falar assim né
vc coloque as suas esperansas nisso se desabafa mas nao é presiso por que a tia bebel nao morreu ela está ai e ela nuca morrerá se vc quizer se vc manter o seu coraçao firme e forte vc vai perseber ela está ai e vc nao tenha duvidas disso ela te abençoe a cada amanhecer do seu dia nassa mas pessoas iguais a vc
bjsssssssssssssss
ass:luyla
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