segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Chuva forte em Mimoso provoca pânico em professores da Associação Pestalozzi
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Polícia Civil realiza operação para avaliar supostas irregularidades no IPREV Mimoso
REUNIÃO COM FUNCIONÁRIOS PÚBLICO MUNICIPAIS
Na manhã desta terça-feira (06), um grupo de funcionários públicos municipais aposentados esteve em reunião na Sede do SINDPUBLICO, juntamente com o presidente do mesmo, o senhor Derly Gualandi, e com a presença do presidente Interino do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos Municipais, senhor Angelo Cergio Rodrigues Reis, que prestou alguns esclarecimentos sobre os motivos pelos quais até a presente data ainda não havia sido creditado o pagamento dos funcionários inativos.
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Sopa de Letrinhas
Quando eu era pequena
Do tamanho de um botão
A minha mãe sempre dizia
Coma arroz e feijão
E eu fui para o Jardim
Ainda pequenininha
E lá eu conheci
A famosa Sopa de Letrinhas
No prato de alumínio
Do Jardim de Infância
As letras se juntavam
No meu mundo de criança
“Faz crescer, vai ficar forte, uma ótima comida”
Eu cresci, fiquei forte e aguento mesmo os esbarros da vida
Uniforme branco das merendeiras
A gangorra e brincadeiras
O Jardim é o mesmo a encantar
E o sino continua a tocar
Tanta coisa passou, tanta coisa aconteceu
E a criança que existe em mim não morreu
Sopa de Letrinhas tinha cheiro de carinho
De professora atenciosa (oh tia Rosa!)
De caderninho
Sopa de letrinhas
Tirou os números de minha vida
Trouxe a prosa e a poesia
Sopa de letrinhas
Não me lembram as teclas de um computador
E sim os lápis e o apontador
Faber Castell, Papai Noel
Festa da escola, Dia das Mães
E a Sopa de Letrinhas sempre presente
No Jardim de Infância Corina Bicalho Guimarães
terça-feira, 6 de novembro de 2012
A Lei da Recompensa
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Zona do Coração
É muito difícil passearmos dentro de nós mesmos. Há caminhos desconhecidos e portas trancadas. O que sabemos de nós?
Às vezes é assim que se dá comigo: quando não há o que fazer, quando tudo me parece igual e não sei aonde ir, quando os caminhos parecem estar fechados, olho para dentro de mim mesma, para lugares que ainda não conheço. Sinto vontade de passear por ali.
Há em mim lugares desconhecidos, por onde caminharia horas a fio, sem nunca por os pés onde já houvesse pisado. Em alguns marcharia forte, para sacudir a poeira e espantar a mesmice; em outros, apenas levitaria, para não despertar o que deve permanecer adormecido.
Há caminhos nos quais a grama já não cresce mais, outros por onde ninguém nunca andou, e outros meio esquecidos, com o mato crescendo e invadido as veredas. Pois é nessas veredas que ronda o perigo. Tenho medo de caminhar entre teias de aranha, lugar lúgubre onde fantasmas rondam, arrastando correntes.
Depois de horas de passos incertos, chego aonde não queria: à porta do coração. Bato, receosa do que vou encontrar. Nada, está vazio. Há tempos está assim. Dou uma arrumadinha, tiro a poeira e o deixo prontinho para receber alguma visita. Quem sabe um novo amor? Reescrevo, nas paredes tingidas de vermelho, uma velha frase, na esperança de que alguém um dia a leia e se comova.
Mas não gosto de permanecer muito tempo olhando meu coração. Dá pena!
O que se passa com esse pobrezinho? Às vezes é esperto; às vezes, bobão. Quando acha que sabe das coisas, é quando mais sofre. E daí fica andando de um lado pro outro, batendo descompassado, trepidando, brincando de esconde-esconde no meu peito. Ora se aninha num canto, ora salta pela boca, ora quer pular.
Saio, para voltar sabe Deus quando! Mas não tranco a porta; deixo-a entreaberta. E onde guardo a certeza do amor, a sete chaves, na soleira eu estendo um tapete vermelho.
Desisto, então, de caminhar com os pés. Passeio melhor com as mãos, ao sentar ao meu notebook e deixar que os dedos deslizem pelo teclado e rabisquem letras para penetrar em algum sentimento.
Na zona do meu coração, na porta, bordei no tapete vermelho: Bem-vindo! A casa é sua!
domingo, 4 de novembro de 2012
Brincando com Peter Pan
sábado, 25 de setembro de 2010
Deus Não é Surdo

O circo está armado. Os leões vigiam a caixinha de dinheiro no altar. Na platéia, o povo da fé inabalável solta urros indecifráveis. E em Mimoso do Sul mais um bairro sofre com a síndrome do “Xô, Satanás!”.
O que entendo de religião é o mesmo que sei de números binários: nada! Sobre o assunto, li uns três ou quatro livros, mas cada um puxando o terço, o santo e a bíblia pro seu lado.
E sem puxar farinha para lado algum, só procuro entender porque preciso puxar o fone de ouvido durante as reuniões de certas igrejas Pentecostais. Como é estressante conviver, todos os dias, com escândalos noturnos, ininterruptamente, das 19h00 às 21h30.
Mas se de religião entendo pouco, de Direitos Humanos entendo bem, e afirmo que todo indivíduo tem direito à tranquilidade, principalmente no lar, o que não acontece dentro das residências de alguns bairros de Mimoso, que convivem com os berros dos fiéis.
Geralmente, a rotina lá em casa é algo normal: meu pai faz do controle remoto, a distração; minha mãe, de suas agulhas de tricô, o divertimento artesanal; meu irmão, da caneta e caderno, o sossego; e eu, do notebook, o meu emprego.
E tudo funciona assim, até que chega o momento em que começam os berros e... Papai utiliza o controle remoto para abaixar o tom da voz dos “irmãos”; minha mãe pensa em furar os tímpanos com a agulha de tricô; Henrique escreve cartazes com os dizeres “Deus não é surdo!” e eu bem queria que a tecla do computador interrompesse a gritaria descomunal do pastor.
Assim, nos resguardamos apreensivos... Seria tolice confessar uma curiosidade? Para onde vai o “bicho ruim” que eles mandam sumir? Espero que o “monstrengo” não queira passear nos jardins “silenciosos” de minha casa...
Na apreensão, também viramos personagens desse teatro onde ler um livro ou assistir TV é algo fora de cogitação.
E a história sem solução vai se arrastando do jeito que a demora convém, Deus não é surdo! Deus ouve muito bem! E em silêncio eu respondo: AMÉM!
sábado, 18 de setembro de 2010
Tô Vendendo o Meu Voto

Tô vendendo o meu voto
Quem quer comprar?
Tô fora desse papo escroto
De que o Brasil vai melhorar
Onde tá a fatia do bolo
Que eu quero experimentar?
Não sou mais aquele tolo
Que vivia a acreditar
O papo eleitoreiro
É que nem pescaria
O político “fisga” o “companheiro”
E dá umas minhocas como garantia
Já ganhei gasolina
Notas de cinqüenta e de cem
Já plotei carro e o enchi de menina
E nesses dias eu não sou um “Zé Ninguém”
Eleição tem mesmo dessas glórias
Políticos chorando contam suas histórias
Mas o povo, ta é mesmo calejado
E fala mentalmente: tudo um bando de safado!
E na hora “H” nem sei em quem votar
É tanto número para memorizar
Vou pra minha urna bem devargazinho
Quem sabe um político molhe a minha mão mais um pouquinho!?
Ah! Sim, senhor! Quem te disse que sou honesto?
Assim como a maioria dos políticos
EU TAMBÉM NÃO PRESTO
Eu levo santinho, levo colinha na mão
Viro delegado de partido
Brigo na rua, caio no chão
Que feio! O coitado apanhou do outro lado
Eu tava no meio
Dei de cara com a polícia e fui algemado
Fui solto na mesma hora
Dei um jeito de escapar
A verdade é que até agora
Não consegui votar
Pra presidente do Brasil, o trem da complicado
Tem uma moça do partido verde que não dá resultado
Tem um cara do nome esquisito e que rima com mel
Um tal de Ey Ey Ey Ey Ey Ey Ey Mael
Tem um menos pior, cara dos Simpsons e carequinha
Uma mistura de Drauzio Varella com fantasminha
Nesse até que levo fé
Pelo menos ele não tem quadrilha
E tem mais experiência que aquela mulher
E a tal da Dilma, mas que coisa louca
Envolvida em quadrilha, a maior cara de doida
Não acredito que o povo vai cair nessa mais uma vez
È a clone do Lula tirando sarro com a cara de vocês!
E vamos aos nossos capixabas
Políticos do Espírito Santo
Que não são bobos, muito menos santos
Pra federal tem um que morreu e esqueceu de enterrar
Tem aquele que vem de helicóptero pra se exibir
Tem um que canta de galo e vive a ciscar
Pra deputado estadual é uma confusão
Cada hora que olho pra baixo tem santinho no chão
Vem de fora, vem de baixo, vem do alto, vem de dentro
Eu já não agüento um monte de carro barulhento
Luzia diz que é da terra, daqui, de cá, de todo lugar
E quando sobe no palanque o povo começa a vaiar
Afinal, o que foi mesmo que ela trouxe pra cá?
Ferraço levou fumo em Cachoeiro
Mas já conseguiu muita coisa pra Mimoso
E é amigo do nosso vice prefeito
E tem um jeitão todo carinhoso
Elcinho é daqui, é da “aldeia”, é da hora
E pede que não valorizemos o que vem de fora
E aí?! Eu sou da terra, vai me valorizar agora
Ou chamar um profissional de fora?
Já decidi e comigo ninguém brinca
Enquanto um monte de político cisca
O meu voto vai pro Tiririca
De palhaço por palhaço
Prefiro um profissional
E não esses engravatados
Que de quatro em quatro anos
Fazem de nossa vida um embornal
É Tiririca pra deputado federal !!!
sábado, 20 de março de 2010
Recados da Liberdade

Ora bolas! Não se tranque, não se acorrente, machuque de vez em quando a garganta bebendo água gelada, dê um susto na língua engolindo café quente. PROVE.
Tome chuva na rua ou na calçada (a receita é voltar para casa ensopado). Tente andar rápido, mesmo se estiver com a perna dormente e vá até onde a dor não te atormente. Não se deixe tratar como um animal, pois é criatura humana na qualidade de gente. DESAMARRE.
Que tal ser nuvem solta que muda de forma? Ou pássaro na árvore e no fio cantarolando? E mesmo que seja frio, inverno e arrepio, se permita tomar banho de mar ou de rio. MERGULHE.
Nada de ficar trancado em porta retrato porque sorriso forçado não cai bem! Nem ande menos que o próprio sapato, porque a vida lhe oferece a dança e o descompasso. OUSE.
Não se mantenha acorrentado, pois cadeado é palavra que nem existe. ESQUEÇA.
Aprecie a leveza do ouvir e dizer o “sim” mais do que o “não”... “Não” é palavra truncada, é cérebro em negação. O “sim” é o sorriso que vem naturalmente à boca, mesmo que sem juízo. ARRISQUE.
Ah, e não pense em grades, pois elas são apenas sonhos desfeitos. Prefira a janela escancarada para olhar o céu de manhã e madrugada. PULE.
Nada de quadrados, de resolver os problemas dentro de quarto. De lágrimas e pesadelos, os travesseiros estão cheios. SONHE.
Dentro do armário, guarde apenas as suas roupas. Na mente, amizades coloridas e frases soltas. E nada de fazer cara feia para quem te mostra cara bonita, isso não cai bem “na fita”. SIMPLESMENTE NÃO RESISTA.
Quanto à fechadura, utilize apenas a do seu coração, para guardar à sete chaves um antigo amor ou nova paixão. Isso significa maturidade e respeito e não cadeado, corrente, cadeia, prisão... RESPEITE.
Ame de um jeito simples e verdadeiro e não se importe se é coisa de momento ou sentimento passageiro. AME.
Se apresse em “somar pontos” ao dizer o que sente e aí encontrará a liberdade frente à frente. COMPARTILHE.
E reconheça que num mundo de complicação, vale acreditar e amar de verdade apesar de tanta ilusão.

Exemplos de cópias temos aos montes, mas para resumir vamos as mais conhecidas e globalizadas: O SBT é a copia insistente de todas as idéias da Globo e o resultado disto são as novelas no pior estilo dramalhão que vem do México; as reportagens só trazem o drama como tema e não o enfoque jornalístico em si e os programas e mais programas nem sempre emplacam... Na área gastronômica, temos as “quase” coca-colas de gosto caramelado e açucarado... Na música, milhares de Britney’s Spear’s e Lady’s Gaga’s tentam copiar inutilmente a Rainha do Pop “Madonna”. Na internet, temos o “vilão herói GOOGLE”... Quem nunca copiou mil coisinhas dele daqui e dali para fazer um trabalho de escola ou para bater um papo com a namorada culta? Na área da “compra e venda”, a China reproduz tudo o que o mundo cria e assim nos deparamos com a enchovalhada de mercadorias que nos dão nos nervos: Made in China, alguém já ouviu falar?
E numa bela cidade do interior, conhecida nacionalmente pela tradição da Folia de Reis e seus casarios no melhor estilo neo clássico, de povo hospitaleiro, com forte traço da imigração italiana que teve na Estação Ferroviária a célula mater de seu desenvolvimento surge uma REVISTA de excelente qualidade gráfica e editorial. Refiro-me à REVISTA MUQUI, criada pelo “GRUPO M” que prima por matérias de bom gosto e na valorização dos pequenos e grandes comércios, das atrações turísticas e personalidades que compõem todo o charme de uma cidade que com muito orgulho é vizinha de minha mimosa “Mimoso do Sul”. Escrevo sobre Muqui.
E em Muqui outra revista aparece em cena, também apostando na formatação bonita e pequena... É uma pena e não acho legal copiar a REVISTA MUQUI, onde posso “soltar o verbo” num meio de comunicação ORIGINAL. E as cópias continuam por aí... Falsos Messias copiam Jesus, lanternas ligadas fingem que é luz e o “ouro de tolo” imita o ouro mas nem sempre reluz...
Ah! Essas Mulheres

Uma crônica que fosse comparada com o vôo de um pássaro e gastronomicamente com o degustar de uma gelatina: que descesse leve por nossa goela abaixo.
Mulheres... As mais conhecidas são ao extremo. Ora transloucadas, ora fantásticas: Maria, mãe de Jesus, abnegada; Madonna, Rainha do Pop, mulher do outro Jesus, 69 anos de cantora louca e inteiraça; Madre Tereza de Calcutá, quem nunca ouviu falar?
E as “mulheres mães” comuns e fabulosas, que com a mão na massa nunca deixam o leite entornar, que temperam maravilhosamente bem e esperam os filhos agarradas ao relógio.
Particularmente, as mulheres ao volante são as melhores, as mais hilárias, com exceção, é claro!Querem disputar o espaço com os homens, se dizem cautelosas, mas são medrosas... Estressam-se, fingem ter calma e soltam frases do tipo: “eu nunca bati”! “sou cuidadosa”! “tá com pressa, sai voando”!. O utensílio principal do automóvel, para essas mulheres, é o espelhinho do carro onde passam horas e horas retocando batom, espremendo espinha, tirando pêlos da sombracelha, etc e tal. A alegria maior é quando o sinal está fechado e o trânsito parado. É um tal de pegar celular e ligar para a amiga, olhar as vitrines e colocar música romântica que só vendo!
Entender a alma feminina não é fácil, assim como não é fácil ser mulher... Tal qual a lua, somos cheias de fases, entraves e empasses. Por quantas vezes, quando comemos muito, nos sentimos “redondas” e quando estamos com dor de cotovelo, ficamos “minguantes”. Uma hora, sorriso escancarado, noutra, olhar emburrado. Nem sempre somos as donas do controle remoto e numa roda de homens quase nunca temos razão. Acredito que perdemos à razão quando soltamos nosso gritos estridentes, mas isso é um caso de fonoaudiologia, pois coisa que irrita é grito de mulher, principalmente daqueles desesperados: “ai, olha uma baraaaaaata”!
Mulher não pode entender de futebol, senão é “mulher macho”; não pode entrar na política senão é “pra frente”; não pode tomar a iniciativa no namoro, senão é “safada”; não pode dirigir que é taxada de barbeira; não pode se emperequetar muito, senão é perua; não pode ficar desarrumada, senão é lambona; não pode admirar outra mulher, senão é invejosa... Difícil assim!
Mas a graça ou desgraça de ser mulher é essa mesma: aceitar quem somos, como somos, independente do rosto estar coberto de espinhas ou panqueique para disfarçar. Independente de ser difícil chorar com rímel nos olhos... Ser mulher é se preocupar se absorvente está aparecendo, se a calcinha está marcando ou torta... É corar o rosto quando um caminhão de jogadores está passando e todos gritam simultaneamente: “gostooooooooosa"! Ser mulher é chorar em filmes água com açúcar, é ler receitas de dietas e mesmo errada, teimar que está certa. Ser mulher é escrever sobre coisas de mulheres com o tempo esgotado. Ops,! por falar nisso são 09h00 da manhã tenho horário marcado no Salão Ellegance da Odette, vou me despedir de vocês, leiotres, pois tvou experimentar um novo tipo de escova: creme de chantilly com extrato de sorvete caramelado.
Blá, Blá, Blá de Fim de Ano

Na televisão, o caro peru comemorativo com o selo “abençoado” da Perdigão. No sofá de casa, alguns falsos caridosos comentam sobre os meninos deitados nas ruas encima de papelão: “Isso é um absurdo! Tanta gente passando fome e a televisão mostrando essa fartura!”.
O comércio sempre fecha tarde e grande parte dos funcionários das lojas sequer experimenta a ceia de Natal, pois chegam aos lares enfastiados de tanto embrulhar presentes que sequer têm forças para desembrulhar os presentes que recebeu. Eles tomam um banho e “puxam um fio” com o DDD: Descansam, Deitam e Dormem. O dingobell’s? Ah! Fica para o próximo ano!
A coisa óbvia das comemorações de fim de ano é que a rolha de champagne certamente vai cair na cabeça de alguém ou estraçalhar um copinho de enfeite (daquele que é objeto de ciúme da mãe ou da avó e só sai do armário de ano em ano). Muitos vão engolir bebida cara, sentir um gosto horrível, mas fazer cara bonita; tantos vão tomar vinho barato e ser feliz a noite toda; uma boa parte vai chorar e sentir a falta de alguém; o neto mais velho vai dedurar que o Papai Noel com o bigode caído é aquele tio chato e gordo do dia a dia; tem gente que vai quebrar nozes atrás da porta e levar esporro da tia (alô, tia Leila).
E as superstições do Ano Novo? Meu Deus! É tanta crendice maluca que nem sei mais em quê ou em quem acreditar... Roupa preta dá azar; usar calcinha vermelha é bom para atrair (ou quem sabe trair) o namorado; sete pulinhos na água garantem uma vida equilibrada (mas, por favor, não pule se estiver bêbado porque o desequilíbrio é certo). E os presentes para Iemanjá? (eu não sabia que a “Rainha do Mar” usava pulseira de ouro). E a tal história de que comer galinha em dia de Ano Novo faz com que o sujeito ande para trás financeiramente falando, pois é, disseram que só podemos comer bicho que anda pra frente e não bicho que “cisca” pra trás. Ai, Jesus!
E na fartura toda, não pode faltar a lentilha: sinônimo de prosperidade! Tadinha dela, sempre tão procurada no fim de ano e esquecida nas outras ocasiões. E a rabanada? É recorde de obesidade. Ninguém come apenas uma e por mais que esteja bem feita, alguém sempre vai reclamar que está encharcada de gordura e entupindo as veias da família e do coração.
E por aí vai... A janta do Natal vai se transformar no almoço do outro dia. O “rei” Roberto Carlos com o mesmo cabelo esticado e trejeito de “quero ser malandro, mas não sou” vai estar na Globo e vamos confessar: sem tantas “EMOÇÔES”. A XUXA também. O “ESPECIAL” do melhores cantores (lixo comercial) vai pintar na tela com o pior do Playback. O Faustão com a gravatinha borboleta à la garçom vai anunciar que logo logo meia noite vai chegar ... E a sétima arte com os filmes “Esqueceram de Mim” 1, 2, 3 em clima de inverno sendo passado pela milésima vez em nosso país (orgulhosamente país tropical).
Agora, meu caro leitor, se neste fim de ano, você quiser ganhar uma grana extra, vá, desde já, se especializando em astrologia e numerologia, porque o que esse povo tá ganhando em dinheiro para “acertar” a sorte dos outros não é brinquedo... Em todos os canais de TV e revistas do mundo só se fala disso: galho de arruda atrás da porta é bom pra blá, blá, blá; moeda de um centavo na carteira traz blá, blá, blá; mastigar romã pode blá, blá, blá; olhar para o espelho e dizer que é uma pessoa nova vai te fazer blá, blá, blá...
É meu caro, lá vai um conselho de besta: cai nessa não! Trabalhar e lutar para que as coisas dêem certo em sua vida é coisa que tem mais valia que perder tempo com futilidades. Opa! E por falar em futilidade, tá na hora de ir embora, já é quase meia noite, os fogos de artifício estão explodindo e dizem “que dá azar” passar o Ano Novo digitando (ainda mais de roupa preta, de blusa do lado avesso e com o quarto desarrumado). Vou é pra beiradinha da praia, quem sabe eu dê a sorte de “catar” uma pulseira de ouro da Iemanjá...
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
POR ONDE ANDA BELCHIOR?

A voz da América quer respostas de um cidadão comum, rapaz latino americano que desapareceu sem deixar pistas, pois apenas vozes no velho rádio à pilha ou aparelhos de som evoluídos trazem de volta um pouco da importância de Belchior na música popular brasileira.
Será mesmo que o Cordial Brasileiro não está interessado em nenhuma teoria, em nenhuma fantasia, além do algo mais?
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Despedida (in memoriam a Tia Bebel)

dava um retoque em seu rosto de boneca,
mirava-se no espelho, penteava o cabelo.
Será que ia à festa?
Uma vida em cinqüenta anos,
sempre sorrisos e muitos planos.
A tatuagem de escorpião na canela
ficou apenas no sonho.
Contemplava o morro Itabira da janela
cantarolando o Rei Roberto: “eu te proponho”.
Sorriso aberto, dentes brancos e escancarados,
mas se o mal humor chegasse, logo eles seriam fechados.
Voz alta, presença alegre e constante.
Se era caprichosa? Perguntem a sua estante.
Sabonetes glicerinados produzidos por suas mãos.
Pintar quadros era mais uma de sua distração.
Reunia a família, agregava sentimentos.
Sentia saudades das filhas que moram tão longe.
Que lamento!
Poetisa num simples diário,
amante do Recanto das Letras.
O que seria de mim se ela não existisse?
Eu mesma respondo: apenas um livro sem letra!
A casa imensa,
o coração maior ainda,
na frente do papel ela pensa
e a noite estrelada se finda.
Amanhã ela vai partir
e lágrimas vai deixar.
Amanhã, nosso mundo vai cair,
mas o céu vai comemorar.
Hoje, ela sobre, com preguiça, a escada da casa,
amanhã, subirá aos céus, na companhia de uma asa.
À noite, pega o terço e reza...
Por que ir embora tão depressa?
Ela acorda e segue viagem...
Vai não, tia! Pare de bobagem...
Fica mais um pouco!
Vamos para a casa da vovó?
Não. Eu prometi me encontrar com a lua,
Não posso deixá-la tão só!
Oh! Tia Bebel, mas como é teimosa!
Que dia faremos a nossa poesia e prosa?
E a crônica? Quando vai pintar os quadros das meninas?
E o fogão à lenha na roça? O quentão para a Festa Junina?
Renata, garota ansiosa! Tira essa revolta do coração,
cadê sua crença espiritual de que nos veremos noutra dimensão?
Ah! Vê se não me desaponte mais,
trabalhe bastante e não chore mais.
Onde já se viu uma italiana
entregar os pontos e pensar para trás?
Leia meus versos, sinta meu cheiro,
saiba que sinto falta da família,
dos amigos, do macarrão do papai e da mamãe...
Hum! O amor é o verdadeiro tempero.
Agora tenho mesmo que ir, prometi não demorar,
pois lá encima uma linda harpa espera:
a minha voz, o meu sorriso, o meu cantar!
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Silêncio em Noite de Chuva
